Com informações da Ascom Santa Casa
Finalizando as atividades do Outubro Rosa, a Santa Casa de Montes Claros realiza hoje, 28, o II Mutirão de Reconstrução Mamária. A iniciativa, que é coordenada pelo mastologista Gessandro Fernandes, beneficiará sete pacientes do Sistema Único de Saúde - SUS. Além dele, mais nove especialistas participam da ação. O evento acontece pela segunda vez em Montes Claros, com o apoio da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
“Além da equipe médica da Santa Casa, composta pela Drª Bertha Andrade Coelho, Drª Carolina Lamac, Dr. Marcelo Rezende e Dr. Paulo de Tarso; contamos com o apoio dos especialistas: Henrique Lima Couto, de Belo Horizonte; Dr. Alessandro Cesário e Drª Carolina Baroncelli, ambos de Varginha; Dr. Eduardo Fonseca, de Aracaju e da Drª Daniela Prati, de Teixeira de Freitas, Bahia”, diz
Gessandro explica que todos os especialistas envolvidos na ‘força tarefa’ participam da ação de forma voluntária. “Ao todo vamos realizar 14 cirurgias, uma vez que cada paciente passa por dois procedimentos cirúrgicos. A Santa Casa de Montes Claros preparou todo um esquema para nos oferecer a estrutura para realização dessa iniciativa”, ressalta.
De acordo com Gessandro, “o mutirão é extremamente importante uma vez que, através da cirurgia, essas mulheres poderão recuperar a autoestima e fortalecerá a convivência delas em relação ao ciclo social ao qual pertencem. Serão beneficiadas pacientes que foram selecionadas através da lista de espera da rede pública”, explica. As pacientes que vão participar do mutirão já foram selecionadas e realizaram previamente todos os exames necessários para a cirurgia.
O médico destaca ainda que muitas pacientes são submetidas ao tratamento cirúrgico do câncer de mama na Santa Casa e um grande número delas necessita submeter-se a mastectomia total. “Temos casos de mulheres que passaram pelo procedimento e vivem há anos sem a mama, e outros de pacientes que vão retirar o câncer e em seguida receber a prótese. É um procedimento que custa caro na rede particular, e no mutirão será tudo feito por meio do SUS”, enfatiza.
De acordo com a SBCP, no Brasil o tempo médio de espera pela reconstrução é dez anos. Ainda segundo a entidade, todo ano, 25 mil mulheres que precisam da reconstrução mamária não conseguem realizar a cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
PREVENÇÃO
Além do autoexame, de acordo com Instituto Nacional DE Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama.
Controlar o peso corporal e evitar a obesidade, por meio da alimentação saudável e da prática regular de exercícios físicos, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas são recomendações básicas para prevenir o câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.
DIREITO GARANTIDO POR LEI
O câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo (1,7 milhões de mulheres acometidas por ano). No Brasil, o número de casos corresponde a 25% dos casos novos da doença a cada ano. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) a previsão é de 57.960 casos novos sejam diagnosticados em 2016, com um risco estimado de 56,20 casos a cada 100 mil mulheres.
Toda paciente com câncer de mama que teve a mama retirada total ou parcialmente em decorrência do tratamento, tem o direito de realizar cirurgia plástica reparadora. Segundo dados fornecidos pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), a cada 40 minutos nos últimos cinco anos, uma mulher é submetida à cirurgia de remoção dos seios para tratamento de câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país.
