Ele salienta que o avanço tecnológico aliado à medicina vem propiciando o desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas e tem como intuito evitar a destruição dos tecidos e músculos adjacentes às incisões. “Nos últimos anos passamos a ter técnicas que nem precisam cortar o músculo para fazer a cirurgia. Atualmente, somos capazes de fazer fixações na coluna sem precisar abrir o paciente”, diz.

Ramon ressalta que hoje em dia o procedimento permite passar parafusos por dentro dos músculos, fazendo pequenas incisões. “O dano ao músculo é mínimo, o sangramento é desprezível e o risco de infecção é bem menor por não precisar expor o osso da coluna. Com isso, conseguimos dar alta ao paciente de maneira mais precoce como aconteceu com o paciente que operamos após fratura de duas vértebras na coluna torácica. O paciente teve alta já no dia seguinte à cirurgia caminhando e sem nenhum tipo de sequela”, complementa.

Antes desse tipo de procedimento estar disponível, os pacientes ficavam internados por muito mais tempo após a cirurgia para tratamento de dor pós-operatória. Além disso, recebiam transfusão sanguínea muito mais frequentemente e tinham infecção pós-operatória em muitos casos. Ele destaca que agora a cirurgia passa a fazer parte dos procedimentos realizados na Santa Casa de Montes Claros inclusive pelo SUS.