Outubro Rosa: seis municípios do Norte de Minas recebem unidades móveis de mamografia da SES-MG
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Publicado em 30/09/2016

“E você, já descobriu que todo dia poder ser rosa?”

Esse é o slogan da campanha relativa ao movimento Outubro Rosa que a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) criou com o objetivo de alertar as mulheres para os cuidados com a saúde. Nesse contexto, dois exames são de extrema importância para a saúde da mulher: a mamografia e o Papanicolaou, que detectam o câncer de mama e o câncer de colo de útero. Nos dois casos vale lembrar que o diagnóstico precoce é a maior chance de cura.

Assim como já vem ocorrendo desde o início do ano, durante o Outubro Rosa seis municípios do Norte de Minas vão receber duas unidades móveis de mamografia da SES-MG. O objetivo é facilitar o acesso das mulheres à realização de exames. Desde o dia 26 de setembro um caminhão equipado com mamógrafo está no município de Monte Azul onde permanecerá até o dia 28 de outubro. Diariamente a unidade tem capacidade para realizar 50 exames que são agendados pela Secretaria Municipal de Saúde.

A partir de segunda-feira e prosseguindo até dia 7, outro caminhão mamógrafo da SES-MG estará em Engenheiro Navarro. No restante do mês a programação da rota a ser percorrida pelos caminhões será a seguinte: Francisco Dumont (10 a 14 de outubro); Claro dos Poções (entre os dias 17 e 28); Joaquim Felício e Santo Antônio do Retiro (no período de 31 de outubro a 4 de novembro).

A referência técnica em saúde da mulher e da criança na SRS de Montes Claros, Ludmila Gonçalves Barbosa, explica que para ter acesso à mamografia disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), as mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos, que nunca realizaram ou estão já mais de dois anos sem realizar a mamografia, devem procurar uma Unidade Básica de Saúde e solicitar a requisição para realização do exame. Para isso, devem apresentar o Cartão do SUS.

As mulheres fora dessa faixa etária que apresentam algum sintoma como nódulo palpável, inchaço nas mamas com pele em aspecto de “casca de laranja”, retração na pele da mama, mudança no formato do mamilo, secreção sanguinolenta, dentre outras alterações, deverão também procurar uma unidade básica de saúde para o agendamento de uma consulta. A partir dai, será avalia a necessidade de realizar a mamografia e outros exames complementares.

Ludmila Barbosa reforça que além das unidades móveis de mamografia, existem outros nove mamógrafos instalados em municípios que integram a área de atuação da Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros: Coração de Jesus, Montes Claros, Francisco Sá, Janaúba e Taiobeiras. Todos esses equipamentos são disponibilizados para realização de exames por meio do SUS, contemplando todas as mulheres da região.

DIAGNÓSTICO

O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama por causa de alterações genéticas em células, que passam a se dividir descontroladamente. O melhor exame para detectar o tumor em sua fase inicial é a mamografia. E quando o diagnóstico é feito no início da doença, a chance de cura chega a 95%. Ele é o tipo de câncer que mais mata as mulheres em todo o mundo, sendo responsável por 25% de todos os cânceres diagnosticados em mulheres.

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama são bem conhecidos, como: envelhecimento, fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher, história familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, sedentarismo, exposição à radiação ionizante e alta densidade do tecido mamário (razão entre o tecido glandular e o tecido adiposo da mama). Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados por medidas como uma alimentação saudável, prática de atividade física regular e manutenção do peso ideal.

ESTATÍSTICAS

Em Minas Gerais o câncer de mama é o de maior incidência em mulheres. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão ligado ao SUS, apontam quem são esperados 5.160 novos casos da doença em Minas Gerais, uma taxa bruta de incidência de 48,19 para cada grupo de 100 mil mulheres mineiras.

A taxa de mortalidade feminina por câncer de mama em Minas, estimada pelo INCA em 2013, é de 11,37 óbitos para cada grupo de 100 mil mulheres.

Enquanto isso, o câncer de colo do útero é o terceiro de maior incidência entre as mulheres mineiras e as estimativas apontaram 1.030 novos casos esperados no estado em 2016, com uma taxa bruta de 9,63 casos para cada grupo de 100 mil mulheres.

A taxa de mortalidade por câncer de colo de útero em Minas, estimada pelo INCA em 2015, é de 3,53 óbitos para cada grupo de 100 mil mulheres.

Dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA) revelam que em 2015 foram realizadas mais de 393 mil mamografias de rastreamento na faixa etária de 50 a 69 anos nas unidades de saúde do SUS em Minas Gerais. De janeiro a junho deste ano, são 174.254 mamografias já realizadas. Em relação ao rastreamento do câncer de colo do útero, o SUS em Minas realizou 997.075 exames citopatológicos (ou Papanicolau) em mulheres na faixa de 25 a 64 anos, em 2015, e 454.276 exames de janeiro a junho de 2016.

A superintendente regional de saúde de Montes Claros, Patrícia Aparecida Afonso Guimarães Mendes destaca a importância do trabalho que a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) implementa em parceria com os municípios, objetivando facilitar o acesso das mulheres aos exames de mamografia.

“No caso específico do Norte de Minas onde as distâncias entre municípios são grandes e não existem serviços de mamografia disponíveis, o trabalho implementado por meio das unidades móveis da SES-MG são fundamentais visando propiciar às mulheres investir na prevenção contra o câncer”, assinala a superintendente.

HPV

Desde 2014 o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta a vacina contra o HPV, vírus diretamente ligado ao câncer de colo de útero. A vacina protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do vírus. Os dois primeiros subtipos causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. Meninas que tenham entre 09 e 13 anos devem ser imunizadas, e aquelas que já receberam a primeira dose e não completaram o esquema vacinal, devem receber a segunda dose até os 14 anos para que sejam consideradas protegidas.

O exame Papanicolau é ofertado gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde do estado e deve ser realizado pelas mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos com vida sexualmente ativa. Se o resultado do exame for negativo por dois anos seguidos, a mulher pode fazê-lo de 3 em 3 anos.

 

 

 

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